terça-feira, 28 de abril de 2015

Dor no tornozelo e na sola do pé? pode ser a síndrome túnel do tarso.

Foto: Getty
Temos três síndromes compressivas no pé:
1- A síndrome do túnel tarsal é uma neuropatia compressão do nervo tibial posterior que passa no túnel do tarso, região anatômica, que fica posterior ao maléolo medial (lado de dentro do pé) e sob o retináculo dos músculos flexores do pé( planta do pé).
2- A síndrome do túnel do tarso anterior refere-se a compressão do nervo fibular profundo. É raro e causa dor, fraqueza e alterações sensoriais do pé e tornozelo. Na região lateral.
3- A síndrome do túnel do tarso distal é causada pela compressão do nervo plantar lateral ou o nervo medial do calcâneo e se apresenta com dor no calcanhar.
Etiologia/ Causa
A compressão também pode resultar de um cisto, lipoma, gânglio, exostose ( saliências ósseas) ou neoplasias ( tumores) dentro do túnel do tarso. Pessoas com pés severamente planos estão em maior risco de desenvolver a síndrome do túnel do tarso.
Sintomas
Quando o nervo é aprisionado e comprimido provoca dor no tornozelo e uma sensação de queimação, dormência e formigamento na sola do pé. Os sintomas são geralmente unilaterais. Os sintomas podem ser piores à noite.
A dor tende a ser agravada por ficar tempo prolongado em pé ou andando, normalmente e piora à medida que o dia avança e, geralmente, pode ser aliviada por repouso, elevação ou massagem nos pés. A dor pode irradiar ao longo da sola do pé, por vezes, até no calcâneo.E pode ser agravada quando o tornozelo é colocado no extremo dorsiflexão ( para cima)Sinais. O exame pode revelar sinal de Tinel sobre o nervo tibial no tornozelo (dor irradiada após percussão, pequenas pancadinhas que o médico faz) do nervo atrás do maléolo medial). A compressão manual por 30 segundos também pode reproduzir os sintomas. O exame pode revelar atrofia dos músculos intrínsecos na face medial do pé e deficiência sensorial através da sola. Teste sensorial em dois pontos diferentes pode indicar qual ramo do nervo plantar é comprimido. Investigação do diagnóstico é basicamente clínico com avaliação de possíveis diagnósticos diferenciais como fratura stress no calcâneo, fasceite plantar esporão e tendinite do Aquiles. A eletromiografia (EMG) e estudos de condução nervosa podem ser úteis na confirmação do diagnóstico. Ressonância magnética pode ser utilizada para identificar eventuais lesões subjacentes e o lugar específico de compressão. Tratamento conservador o tratamento conservador, inclui manipulação e liberação miofascial . Sustentações de arco com palmilhas e sapatos mais largos podem aliviar com sucesso o desconforto da síndrome do túnel do tarso. Se a inflamação do nervo está causando a compressão, fármacos anti-inflamatórios não-esteroidais podem ser benéficos. Injeções de esteroides podem também ser eficazes. Órteses para pés planos podem ajudar. Cirurgia caso você tenha esses sinais e sintomas procure um especialista.
A síndrome do túnel do tarso é mais comum em adultos ativos, mas também pode ocorrer em crianças. Muitas vezes, é causada por osteoartrite, deformidades no tornozelo pós-traumáticas (tecido cicatricial também podem restringir o movimento no túnel do tarso e causar compressão do nervo) ou tenossinovite. Também podem ser associada com a artrite reumatóide e diabetes.
A descompressão cirúrgica por parte do retináculo flexor deve ser considerada quando os sintomas significativos não respondem ao tratamento conservador. A cirurgia deve ser realizada precocemente para prevenir a fibrose do nervo e da musculatura intrínseca do pé.
Liberação do túnel do tarso demonstrou ser muito eficaz no alívio dos sintomas e melhora ou resolve os sintomas da síndrome do túnel do tarso em 85% a 90% dos casos.



Comentário:

Atualmente, observa-se que está cada vez comum o aparecimento de uma deficiência denominada Túnel do Tarso. O túnel do tarso é a localização anatômica, entre o tornozelo e o pé, por onde passam algumas estruturas, como veias, artérias, tendões e nervos. Recebe este nome porque as estruturas citadas acima ficam comprimidas pelo aumento da pressão neste túnel. Neste caso, a estrutura mais sensível ao aumento da pressão é o nervo, e os sintomas se desenvolvem como uma síndrome de compressão nervosa. Em consequência disto, nota-se esta deficiência é causada por algumas situações que aumentam a pressão dentro do Túnel do Tarso, como, por exemplo, sequelas de fraturas, cistos sinoviais, tumores e varizes, esses não só os únicos fatores, porém, segundo estudos realizados, acredita-se que sejam os principais. Dentre os inúmeros motivos que levam o paciente à suspeita de ter adquirido essa doença, pode-se dizer que para que seja diagnosticado de imediato, o paciente precisa possuir como sintomas dor na face interna do tornozelo, sensação de queimação ou dormência na planta do pé, inchaço e dificuldade para caminhar, dentre outros, mas tendo como tendo esses sintomas como destaques.
Contudo, após apresentar os seguintes sintomas e procurar ajuda médica, o paciente passará por algumas avaliações que seja diagnosticada a doença. Esses testes clínicos são feitos pelo médico no consultório. Alguns exemplos dessas avaliações clínicas são a eletroneuromiografia e Ressonância Magnética. Existem outras avaliações, mas pode-se dar destaque a essas duas por serem as principais no diagnóstico da doença. Entretanto, apesar de estar tornando-se comum e ser considerada uma doença que mereça atenção, existe tratamento adequado. Esses tratamentos, segundos algumas pesquisas, são comprovados por relatos a sua eficácia. Com isso, convém lembrar que o tratamento basicamente envolve a diminuição da pressão dentro do túnel. Isso pode ser feito de diferentes maneiras, dependendo muito da causa da compressão em cada paciente. As técnicas para a melhora do quadro incluem medicações, palmilhas, fisioterapia e, em último caso, cirurgia.
Os fatores que podem levar ao risco no caso de uma pessoa que tenha adquirido essa deficiência é o excesso de trabalho excessivo, alguns traumas sofridos recentemente ou decorrente de toda trajetória de vida, exercício repetitivo, fratura ou presença de outra doença reumática primária (artrite reumatóide, por exemplo). Cistos, tumores, tenossinovites, varizes, deformações congênitas, gota, diabetes, Mellitus e obesidade. Se caso você se encaixa em um dos fatores de risco e já apresentou/apresenta alguns dos sintomas, é aconselhável que você procure um especialista. Pois o que profissionais da área indicam é que não é preciso sentir os sintomas para que faça uma revisão, porque em alguns casos a doença pode estar desenvolvendo sem manifesta-se.
Entretanto, conclui-se, resumidamente, que esta síndrome é a condição resultante da compressão do nervo tibial posterior pelo ligamento do tornozelo, caracterizando-se por dor e formigamento nos dedos dos pés e na região plantar, principalmente à noite, sendo mais comum em mulheres entre 45 e 50 anos. Pode ser confirmada através de testes e exames complementares. Uma das complicações é o risco de infecções e seu tratamento é feito de uma forma multidisciplinar (clínico, ortopédico, cirúrgico e/ou fisioterápico) como vimos no desenvolvimento.

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