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Temos três síndromes compressivas no pé:
1- A síndrome do túnel tarsal é uma neuropatia compressão do
nervo tibial posterior que passa no túnel do tarso, região anatômica, que fica
posterior ao maléolo medial (lado de dentro do pé) e sob o retináculo dos
músculos flexores do pé( planta do pé).
2- A síndrome do túnel do tarso anterior refere-se a
compressão do nervo fibular profundo. É raro e causa dor, fraqueza e alterações
sensoriais do pé e tornozelo. Na região lateral.
3- A síndrome do túnel do tarso distal é causada pela
compressão do nervo plantar lateral ou o nervo medial do calcâneo e se
apresenta com dor no calcanhar.
Etiologia/ Causa
A compressão também pode resultar de um cisto, lipoma,
gânglio, exostose ( saliências ósseas) ou neoplasias ( tumores) dentro do túnel
do tarso. Pessoas com pés severamente planos estão em maior risco de
desenvolver a síndrome do túnel do tarso.
Sintomas
Quando o nervo é aprisionado e comprimido provoca dor no
tornozelo e uma sensação de queimação, dormência e formigamento na sola do pé.
Os sintomas são geralmente unilaterais. Os sintomas podem ser piores à noite.
A dor tende a ser agravada por ficar tempo prolongado em pé
ou andando, normalmente e piora à medida que o dia avança e, geralmente, pode
ser aliviada por repouso, elevação ou massagem nos pés. A dor pode irradiar ao
longo da sola do pé, por vezes, até no calcâneo.E pode ser agravada quando o tornozelo
é colocado no extremo dorsiflexão ( para cima)Sinais. O exame pode revelar
sinal de Tinel sobre o nervo tibial no tornozelo (dor irradiada após percussão,
pequenas pancadinhas que o médico faz) do nervo atrás do maléolo medial). A
compressão manual por 30 segundos também pode reproduzir os sintomas. O exame
pode revelar atrofia dos músculos intrínsecos na face medial do pé e
deficiência sensorial através da sola. Teste sensorial em dois pontos
diferentes pode indicar qual ramo do nervo plantar é comprimido. Investigação
do diagnóstico é basicamente clínico com avaliação de possíveis diagnósticos
diferenciais como fratura stress no calcâneo, fasceite plantar esporão e
tendinite do Aquiles. A eletromiografia (EMG) e estudos de condução nervosa
podem ser úteis na confirmação do diagnóstico. Ressonância magnética pode ser
utilizada para identificar eventuais lesões subjacentes e o lugar específico de
compressão. Tratamento conservador o tratamento conservador, inclui manipulação
e liberação miofascial . Sustentações de arco com palmilhas e sapatos mais
largos podem aliviar com sucesso o desconforto da síndrome do túnel do tarso.
Se a inflamação do nervo está causando a compressão, fármacos
anti-inflamatórios não-esteroidais podem ser benéficos. Injeções de esteroides
podem também ser eficazes. Órteses para pés planos podem ajudar. Cirurgia caso
você tenha esses sinais e sintomas procure um especialista.
A síndrome do túnel do tarso é mais comum em adultos ativos,
mas também pode ocorrer em crianças. Muitas vezes, é causada por osteoartrite,
deformidades no tornozelo pós-traumáticas (tecido cicatricial também podem
restringir o movimento no túnel do tarso e causar compressão do nervo) ou
tenossinovite. Também podem ser associada com a artrite reumatóide e diabetes.
A descompressão cirúrgica por parte do retináculo flexor
deve ser considerada quando os sintomas significativos não respondem ao
tratamento conservador. A cirurgia deve ser realizada precocemente para
prevenir a fibrose do nervo e da musculatura intrínseca do pé.
Liberação do túnel do tarso demonstrou ser muito eficaz no
alívio dos sintomas e melhora ou resolve os sintomas da síndrome do túnel do
tarso em 85% a 90% dos casos.
Comentário:
Atualmente, observa-se que está cada vez comum o
aparecimento de uma deficiência denominada Túnel do Tarso. O túnel do tarso é a
localização anatômica, entre o tornozelo e o pé, por onde passam algumas
estruturas, como veias, artérias, tendões e nervos. Recebe este nome porque as
estruturas citadas acima ficam comprimidas pelo aumento da pressão neste túnel.
Neste caso, a estrutura mais sensível ao aumento da pressão é o nervo, e os
sintomas se desenvolvem como uma síndrome de compressão nervosa. Em
consequência disto, nota-se esta deficiência é causada por algumas situações
que aumentam a pressão dentro do Túnel do Tarso, como, por exemplo, sequelas de
fraturas, cistos sinoviais, tumores e varizes, esses não só os únicos fatores,
porém, segundo estudos realizados, acredita-se que sejam os principais. Dentre
os inúmeros motivos que levam o paciente à suspeita de ter adquirido essa
doença, pode-se dizer que para que seja diagnosticado de imediato, o paciente
precisa possuir como sintomas dor na face interna do tornozelo, sensação de
queimação ou dormência na planta do pé, inchaço e dificuldade para caminhar,
dentre outros, mas tendo como tendo esses sintomas como destaques.
Contudo, após apresentar os seguintes sintomas e procurar
ajuda médica, o paciente passará por algumas avaliações que seja diagnosticada
a doença. Esses testes clínicos são feitos pelo médico no consultório. Alguns
exemplos dessas avaliações clínicas são a eletroneuromiografia e Ressonância
Magnética. Existem outras avaliações, mas pode-se dar destaque a essas duas por
serem as principais no diagnóstico da doença. Entretanto, apesar de estar
tornando-se comum e ser considerada uma doença que mereça atenção, existe
tratamento adequado. Esses tratamentos, segundos algumas pesquisas, são
comprovados por relatos a sua eficácia. Com isso, convém lembrar que o
tratamento basicamente envolve a diminuição da pressão dentro do túnel. Isso
pode ser feito de diferentes maneiras, dependendo muito da causa da compressão
em cada paciente. As técnicas para a melhora do quadro incluem medicações,
palmilhas, fisioterapia e, em último caso, cirurgia.
Os fatores que podem levar ao risco no caso de uma pessoa
que tenha adquirido essa deficiência é o excesso de trabalho excessivo, alguns
traumas sofridos recentemente ou decorrente de toda trajetória de vida,
exercício repetitivo, fratura ou presença de outra doença reumática primária
(artrite reumatóide, por exemplo). Cistos, tumores, tenossinovites, varizes,
deformações congênitas, gota, diabetes, Mellitus e obesidade. Se caso você se
encaixa em um dos fatores de risco e já apresentou/apresenta alguns dos
sintomas, é aconselhável que você procure um especialista. Pois o que profissionais
da área indicam é que não é preciso sentir os sintomas para que faça uma
revisão, porque em alguns casos a doença pode estar desenvolvendo sem
manifesta-se.
Entretanto, conclui-se, resumidamente, que esta síndrome é a
condição resultante da compressão do nervo tibial posterior pelo ligamento do
tornozelo, caracterizando-se por dor e formigamento nos dedos dos pés e na
região plantar, principalmente à noite, sendo mais comum em mulheres entre 45 e
50 anos. Pode ser confirmada através de testes e exames complementares. Uma das
complicações é o risco de infecções e seu tratamento é feito de uma forma
multidisciplinar (clínico, ortopédico, cirúrgico e/ou fisioterápico) como vimos
no desenvolvimento.
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